sábado, 12 de maio de 2007

Domingo das Mães na casa de Joana

E eu bebi.

Foram 4 cervejas, meio litro de vinho, uma pizza e uma carteira. Se serviu? Claro. As vezes tudo que agente precisa é ficar perto de alguem que goste mesmo de você. Não precisa ficar gastando dezenas de lenço de papel e chorar as pitangas no ombro do inocente. Basta estar perto e ficar calado, ou fazer algum comentário sobra a morte dos perus na Angola. Basta estar perto.

Acho que é isso que sinto realmente falta as vezes. Não que eu nunca sinta vontade de dar uns picotes com o gatão do vizinho, mas carência se mata com atenção, e não com uma trepada "felomenal" (não que isso não resolva! Mas depende do parceiro...).

Se eu esqueci? Loooogico que não. Não mesmo. Mas eu vou. Nada de me recolher, to é caçando sarna pra me coçar, pois tem coisa mais gostosa que aquela sensação de que você vai vomitar quando vê a pessoa, simplesmente por que aparentemente tem dezenas de coisas vivas dentro do seu estômago que querem desesperadamente sair? Mas cá pra nós, você que está aí lendo... é bom ou não é?

Pior que é. Já li matérias que diziam que o ser humano gosta de sofrer. E como. Bem, eu não dou muito valor. Prefiro apreciar o lado bom das coisas. Em vez de ficar em casa chrando por que minha mãe morreu e eu não vou poder gastar minhas economias com um presente pra ela eu prefiro sair, livre e solta no dia das mães em que está todo mundo preso em casa. Certamente seria muito bom se minha mãe fosse viva, mas ela não é, entãoooo...

Há quem diga que eu não tenho coração. Mentira. Sinto o tonto batendo aqui dentro, se apertando ante as lembranças ruins que me programei a chutar. SEMPRE.

Simples assim? Acho que é. Tô dolorida, magoada, meio de pileque, mas quer saber? Eu quero é mais. E Vida, prepare-se, pois aqui vou eu...

O começo no fim...

A muito amada amiga Formiga Pequenina deu a idéia, eu pensei um pouco e, deixando a preguiça de lado, resolvi criar o bendito blog, que não será lido, não será aclamado, mas ao menos quando eu for acertar as contas com São Pedro vou poder dizer:"Como assim eu nunca fiz nada pela humanidade? Puts, eu fiz um blog!" e talvez o velhinho dê uma lida e me deixe tirar minhas merecidas férias...


Eu sou aquela de aura nebulosa, aquela que, como você, está em frequente e incessante mudança. Sou de todas as cores e mudo tão rápido que se você resolver piscar talvez eu já tenha evanescido em meu turbilhão de cores... Por vezes sóbria e sombria, por vezes tresloucada, eis que sigo, como o Louco, aquele sem número, sem dar muita trela ao bendito cão mordendo minha canela...


E minha apresentação aqui começa pelo fim de uma paixão.

Como é estranho se apaixonar meu Deus! Eu pensei que já tivesse, mas qual nada! Essa foi daquelas certeiras, que deixam a boca seca, noites insones e aquela sensação de borboletas no estômago. Clichê? Se você pensou assim é por que nunca se apaixonou. Não pense que irá prever, que vai poder se defender, que é tudo uma bobagem dos romancistas. É real.

Tudo começou tão de repente que, quando me dei conta já estava lá, olhando para aqueles olhos claros e sentindo calafrios. Em um gesto simples, de compartilhar um doce, sim, lá estava minha ruína(sou dramática, bom ir se acostumando...). Quando aqueles lábios cálidos tocaram meus dedos foi como se uma descarga elétrica percorresse meu corpo. E como sou de natureza racional e já não me iludo com poesias eu sei que foi neste momento que meu cérebro começou uma intensa produção de feniletilamina , dopamina e outras drogas naturais. Eis aí, meus caros, que eu soube: estava apaixonada, terrívelmente, perdidamente, irremediavelmente controlada por substancias produzidas pelo meu próprio corpo traiçoeiro.

Minha intoxicação durou dois gloriosos dias. No terceiro, o objeto do meu desejo me confessou estar apaixonado. Meu coração quase parou. Seria esse o momento que eu ouviria que ele também me amava? Ou havia uma usurpadora do coração do dono de tão fabulosos feromônios?

Havia.

Chorei, joguei meus preciosos livros no chão, confessei minha paixão e pedi que não falasse mais comigo. Já havia errado ao ficar ao lado do amado apenas como "amiga". Isso cansa e envelhece. Quem sabe depois da recuperação.

Fazem dois dias desde então. Amanhã é domingo e vou sair para tomar umas cervejas, comer comida chinesa e talvez ver algum filme com uma amiga.

Como está o coração? Melhor. Estou na fase de desintoxicação.

Mas amanhã é o dia, pois como diz meu amigo Dexter: não tem nada que Tomar Uma, Dar Uma e Ctrl+C Ctrl+V não resolvam...